D+35, a vida é Bela!

Ficamos pensando o que postar hoje, um dia em que não conseguimos dizer muito o que diferiu de ontem. Alguns tímidos sorrisinhos conseguimos tirar da nossa Bela, fazendo brincadeiras e palhaçadas. Ela quer até rir mais, mas não consegue, pois as forças não são muitas e com certeza a postos para combater a doença. Temos sido um pouco dublês de Roberto Benigni, tentando proteger a nossa Bela da verdade, fazendo com que vença a sua doença com um pouco de doses de comédia, promovendo alegria, mesmo quando sabemos que não é uma brincadeira.

Mais um dia em casa, que é bom, e amanhã é dia de mais uma QT, depois do almoço. Atenções ainda voltadas para o hematoma nas costas que não regrediu e aqui em casa alguns achando que aumentou, outros que está do mesmo tamanho ou que diminui a largura, mas aumentou a altura. Temos realmente que ver o que é, apesar da tomografia que foi feita no domingo.

Temos uma vida juntos de 18 anos - 15 de casados esse ano. Uma vida que dizemos com certeza que é Bela! Temos vivido com tanta intensidade essa nova página das nossas vidas agora do tratamento da Bela e vocês, tantos amigos vivendo conosco essa nova história que temos para contar, que nos faz bem contar um pouco mais da história das nossas vidas e o porquê do nome Isabela, que talvez poucos conheçam.

É uma história que monta pelo menos uns 2 anos antes do nascimento da Bela, quando a Bel estava grávida da Mariana. Quem nos conhece há mais tempo, viveu conosco o nascimento dos gêmeos prematuros, que se chamaram Eduardo e Ana Luísa, hoje dois anjinhos que temos certeza que olham muito por nós. Tivemos outros sustos mais, antes e depois deles. Quando na gravidez da Nana, o que poderia ser considerada como a 6ª gravidez, queríamos muito um nome composto começando com Ana, uma vez que nossas sobrinhas e afilhadas são Ana Carolina e Ana Beatriz. Tivemos nossa Ana Luísa e pensamos em Ana Cecília, um nome que gostamos muito. Só que as vovós são Maria Cecília e Maria Helena e ficamos na dúvida em se homenagear apenas uma.

Quando na gravidez da Nana, próximos a completarmos 10 anos de casados, o nosso bom amigo Padre Klein que foi um dos primeiros a saber, nos chamou para uma missa que ele celebrava sábado na capela do Aloisianum, na Rua Bambina, em Botafogo. Estávamos na dúvida dos nomes e Mariana era um nome que estava sendo cogitado, dentre talvez outros dois ou três. Seria uma missa para pedirmos para que aquela gravidez que já estava um pouco avançada e com bons indícios de que fosse uma menina, nos desse a nossa tão sonhada filha. Era dia de Assunção de Nossa Senhora. Ali, com a feliz coincidência pela homenagem à Maria, não tivemos dúvida de que ela tinha que se chamar Mariana, pois a nossa vontade de ter uma Ana "alguma coisa" terminou , virando Maria+Ana, a nossa querida Nana, que fará 4 anos em abril.

Um ano e dois meses depois tivemos a felicidade da segunda gravidez da Bel. Logo que soubemos ligamos para o Padre Klein, para repetirmos aquela missa vencedora. Ele disse não estar mais rezando aquelas missas todos os sábados, mas que iria celebrar uma outra em 4 ou 5 semanas no auditório do Santo Inácio, com um grupo de um encontro de casais. Colocamos na agenda a tão longe data e o dia chegou. Tínhamos conosco o nome Isabela dentre outros 2 ou 3 também, mas confessamos que não era nossa primeira escolha. Para nossa surpresa, ou desconhecimento mesmo, era novamente a missa de Assunção de Nossa Senhora. O Evangelho era sobre a prima de Maria, Isabel, que era tida como estéril. O Evangelho dizia que ao saber da gravidez da prima, Maria foi visitá-la: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: Bendita entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre ! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite ?” Naquele momento não tivemos dúvida de que a nossa segunda pequenina seria Isabela, que fará dois anos no próximo dia 8 de março, também dia Internacional da Mulher.

Algum tempo depois do nascimento da Bela é que realizamos que tínhamos uma Mariana e uma Isabela, filhas de uma mãe guerreira conhecida por muitos como Bel ou Bebel, mas que se chama Maria Isabel. Nota do Rodrigo: Uma justa homenagem, não?