D+24, um pouco de estabilidade, até quando?

A estrada é esburacada, com poças, lama, poeira, muitas curvas, saltos e sustos mil, e nós estamos acompanhando no banco de trás. Não se pode fazer "pit stop", parar um minuto sequer, pois corremos contra o tempo. Os médicos nos dirigem, mas vamos indo, segurando com fé o "pqp". "Nóis capota mas num breca"!

Hoje podemos considerar um dia estável dentro de toda a instabilidade que estamos vivendo e que sabemos que ainda vamos passar. No hospital, a Bela, Rodrigo e nossa babá Elenir tiveram uma noite mais tranquila. Devido às dores musculares principalmente nas pernas causadas pela QT, foi aplicada meia dose de analgésico da medicação SOS que fez com que a Bela conseguisse dormir melhor. Acordou bem disposta. Passou por mais uma batelada de exames neurológicos que fazem parte do protocolo e passou com nota 10! Por enquanto, menos uma preocupação. Durante o dia, oscilou entre bons momentos, algumas reclamações e descansos. Bel voltou a tarde para o hospital para render o Rodrigo e conseguiu pegar alguns destes bons momentos da Bela, com brincadeiras - ainda deitadinha na cama - e esboços de pequenos sorrisos que enchem os nossos corações e recarregam nossas baterias.

Para autorizar a QT de amanhã é preciso que as taxas de algumas proteínas do sangue (AT3 e Fibrinogênio) estejam acima de 100. Não estavam. Neste caso, como o catéter pode dar falso negativo, é feita uma nova coleta de sangue periférico (veia normal). Saco! Mais uma picada no bracinho da Bela. Sofremos mais uma vez junto com ela. Até agora nada de cocô, uma agonia! Lá se vão 3 dias sem ele...Nunca pensamos que fossemos rezar tanto para ele chegar, de novo!

Em casa, tudo mais ou menos voltando à uma rotina. Nana e Bel dormiram juntas esta noite, brincaram, conversaram, contaram histórias e fizeram companhia uma a outra, como "nos velhos tempos". Como a Bel estava há quase 20 dias muito envolvida com Bela e hospital, estes dois dias juntas foram importantíssimos para as duas. Volta a cena aquela linda cumplicidade que existe entre mãe e filha. Para a nosso conforto, concluímos que este amor vai sempre existir, não importa o tamanho da tempestade ou a duração do rally. A volta da Nana para casa no final do dia é ainda um suspense. Praticamente readaptada à escola, graças a ajuda e compreensão de todas as professoras, especialmente a sua primeira e querida professora Ciça do Maternal 1 - muito obrigado Ciça!. Saiu da escola e foram fazer o que ela queria, andar de carrinho e bicicleta na Lagoa e foram brincar no Parque dos Patins com o Antonio e Chico, com a Vovó Cecília, Tia Lulu e sua valorosa Sílvia. Promessa do Rodrigo que teria uma surpresa! A Nana a gente fisga pela boca e um sorvete já é suficiente. Jantar em casa e terminar com um jantar no restaurante japonês com os vovôs. Dar comida para os peixinhos do lago, comer as bolinhas laranja (ovas de salmão - chique não?) e o gran finale com sorvete de creme com calda de chocolate. Pediu para ir embora e como os vovôs ainda estavam comendo Papai sugeriu ir de taxi. "Não! Já sei, vamos de ômbinus". Foi taxi mesmo...

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Seguiremos nosso final de semana e provavelmente próxima semana com a Bela internada, até nos sentirmos realmente confortáveis para irmos para casa. Enquanto isso vamos recebendo o carinho tão importante de todos vocês. Não vamos nos cansar nunca de dizer OBRIGADO! por essas inúmeras demonstrações de carinho, de estarem nos carregando no colo, mesmo que virtualmente. Bom final de semana para todos!